Error 404 – Not Found

Padrão

Acho que a tristeza e a melancolia que acometia Eugène Colère enquanto apaga nomes de caderneta de telefone, eu também sinto quando páginas desaparecem da minha aba de favoritos.

Há 25 anos eu tive contato com um bando de piás (literalmente) que adoravam escrever na web. As coisas internéticas eram incipientes nesta época, mas os escritos deles estavam num ritmo de speed com absinto, e eu me divertia lendo tanta coisa diferente, com abordagens literárias diferentes. Num dia, quando abri a página, uma nota (quase lacônica) dizia que o ‘projeto’ se encerrava.

Como nem fazia um ano que eu estava lendo seus escritos, não senti tanto na época. Meses depois, escafedeu-se do mundo binário.

Hoje, reconheci que um blog português que eu lia regularmente sumiu. Ele tinha muitos recortes e cartuns do noticiário internacional e religiosamente eu abria a página para ler o que ele (o blog) iria trazer de seu interesse na página. Por estes recortes, e pelo pouco que se reservava a escrever em suas próprias palavras, percebi que ele/ela deveria ser mais velho do que eu, formação acâdemica em humanas (prevalências de alguns tópicos) e o humanismo como referencial (temas de direitos humanos ou de sua ausência eram recorrentes).

Há alguns anos atrás, a página foi interrompida, sem nenhuma nota. Agora, a página sumiu, com todos os textos, cartoons e comentários.

A pasta de favoritos está virando um imenso cemitério…

Watchers of morality
Told by the hierarchy
Machine to society
Falling to conformity
Terrified to speak your mind
Passes down the government
Doesn’t matter who you are
For our own good

C.I.U. (Criminals in Uniform) by Sepultura and a curious Katherine Ludwig Moses

Don't be a troll; neither a pussy too.