Traduttore, traditore

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O sentimento de ontem (2014), foi o mesmo que senti lá em ´93.

Naquela, época tinha recém-comprado os quatro volumes de um famoso livro muito utilizado em Ciências Exatas, uma fortuna para alguém tão pobre quanto eu era, onde parcelei em suaves prestações. Quando numa aula, o professor veio falar de um recente artigo que resenhava o livro de maneira validativa de sua tradução. Senti que perdi dinheiro em adquirir um livro com uma tradução tão canhestra e (em algumas passagens) estúpida. A confusão de ‘speed’ e ‘velocity’ era a menor delas, além de conceitos totalmente absurdos.

Na noite de ontem (em 2014), estava resolvendo uma lista de exercícios do mesmo livro, já passados algumas revisões/edições, quando o que parecia exercícios simples eu errava grosseiramente perante os resultados dos números ímpares mostrados no fim do livro. Depois de quatro tipos de exercícios com resultados equivocados, percebi que alguma coisa acontecia, ou eu fiquei mais estúpido do que o normal ou aqueles exercícios e suas respostas foram acometidas do mal editorial dos livros técnicos.

Incrédulo, confirmei depois que as falhas de revisão/tradução persistiam (a ‘speed velocity’ já tinha sido regularizada), mas os exercícios propostos ainda tinham incorreções em função das transformações de sistemas de medidas.

Como podemos fazer traduções tão ruins de livros técnicos ainda?

All of us are victims
Confined by enigmas
Without solution
Your frozen thoughts don’t let you evolve

Slaves of pain – Sepultura

Don't be a troll; neither a pussy too.