Live Sh*t

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Estou ouvindo um álbum ao vivo de 1989 da banda Metallica… Bons tempos.

Com exceção da passagem dos Ramones pelas paragens tupinambás, jamais assisti a um grande show, sempre foram bares pequenos e bandas quase obscuras (niche genre) para o entretenimento do ‘big time’.

A minha sorte é que tive acesso aos filmes e álbuns que me permitiram imaginar como seria estar nestes eventos que aconteceram antes de nascer e irão acontecer depois do meu passamento. A massa musical em policarbonato que possuo torna-se anacrônica a cada dia que passa, mas ainda é por ela que ‘viajo’, ainda que o streaming tem tomado meu tempo com glutonia.

Além disso, as raridades que nenhum streaming consegue fornecer mas que a pirataria acha graça, é a minha principal crítica a uma imensa gama de acesso em banda larga, mas rarefeito de conteúdo.

Hoje, os policarbonatos são raríssimos em lojas físicas e nas virtuais são economicamente impraticáveis. Possuir um acervo, ou pior, ampliá-lo, além não alcançar jamais a finitude é um exercício de egocentrismo sem o tripé da sustentabilidade.

Jogar fora tampouco é viável enquanto os aparelhos leitores ainda funcionarem. Vender é um ultraje a tanto esforço e tempo dedicado; e o preço obtido não fará justiça ao conteúdo.

Neste momento quando acabo de escrever este parágrafo, ouvindo a 7ª do Beethoven regida por Karajan por um streaming pirata, lembro que eu gostaria de ter o CD original desta peça… ter assistido ao vivo.

Não é aceitável isso no sentido mais estrito, a pirataria, mas também não posso deixar de apreciar algumas coisas porque a viabilidade de acesso é de difícil condição.

Apreciar arte deveria um direito humano universal…

Don't be a troll; neither a pussy too.