Sempre li sobre Captain Beefheart, seus discos e referências musicais. Muito jovem, as coisas esparsas que ouvi não representavam para aquele impúbere algo de mais valia (os vinis da banda eram inacessíveis na mesma proporção das K7). A banda nunca esteve fora do nosso radar, mas acho que nunca ocorreu a oportunidade de o Bitchô baixar ou acharmos numa liquidação de hipermercado.
O contrário aconteceu com Neil Young, desde suas passagens por Buffalo Springfiel e, principalmente, pela Crosby, Stills, Nash, and Young (principalmente por sua participação em Woodstock (1969)).
Pois então, passei os últimos quinze dias ouvindo os discos “Mirror Man” (1971) do Captain Beefheart & His Magic Band e “Harvest” (1972) de Neil Young, dois álbuns viscerais nas letras e nos arpejos.
Como já escrevi antes, é um pouco doloroso ouvir tanta coisa boa e não ter ninguém para comentar, criticar, ou, somente ouvir enquanto beberica o suco do capeta.
Estes dois registros musicais valem uma boa noitada solitária, com uma mesa cheia de CD e livros, e várias garrafas.
Tarotplane, by Captain, my, Captain
Conheci o Maurício. Fomos muito amigos na adolescência e nos reencontramos uma vez um pouco antes dele partir.